Pegar um simples tecido e transformá-lo em uma boneca…
Desde criança faço artesanato. Aprendi crochê aos 9 anos. Hoje faço de tudo, mas me apaixonei pelas bonecas. Talvez por que não tive bonecas quando criança… Minha primeira boneca mamãe fez de espiga de milho, na roça, quando eu tinha 7 anos.
Não faço bonecas, faço filhas. Para cada uma dou nome e me emociono com ela. Vejo nelas a inocência das crianças. Infelizmente não se cultiva mais isso em nossas crianças e a culpa disso é dos pais e da sociedade.
Uma vez, me lembro, uma menina que aparentava 12 anos, se aproximou da minha banca e ficou encantada com as bonecas… “Mãe me compra uma…”. E ouviu da mãe “Você já está bem grandinha para brincar de bonecas!”. Não resisti e disse “Agradeça por sua filha ainda manter a inocência de uma criança, pois muitas meninas da idade dela já tem a responsabilidade de cuidar de bebês e não de bonecas.”. O pai ao lado observando completou “É verdade, precisamos cultivar e zelar pela criança em cada criança.”. E comprou para a filha a boneca que ela queria. A menina se foi feliz abraçada ao pai.
Não faço artesanato só pela necessidade do dinheiro, faço por amor, paixão. O artesanato não tem valor para muitos. O artesão vive do seu trabalho mais pela relação intrínseca que existe entre ele trabalhador e a obra por ele gerada, pois não ganha o que realmente merece pela dedicação à criação de cada peça.
Renata Fontani Artesã – Bonecas de pano Pimentas
das Mãos, a Obra 
Quanta boniteza nesse livro
Uma fofice… Parabéns… 👏 =D ❤